"CME é uma gigantesca nuvem de plasma magnetizado que é expulsa pela camada mais externa da atmosfera solar - coroa - em direção ao espaço com velocidades de centenas de milhares de quilômetros por segundo", explica José Roberto Cecatto, do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial do Inpe.Essa nuvem provoca perturbações na magnetosfera terrestre (campo magnético terrestre) que podem gerar desde auroras nas altas latitudes e regiões polares a até tempestades geomagnéticas – em caso de perturbações severas.
O pesquisador informa que este CME, pela posição de onde se originou no Sol, está dirigido para a Terra e apresenta formato em halo. A velocidade estimada do fenômeno é relativamente alta (cerca de 1000 km/s), indicando que deve chegar à Terra por volta da primeira metade do dia 13 de abril.
Entre os efeitos que essas tempestades podem causar está, por exemplo, a indução de poderosas correntes elétricas na superfície terrestre que podem afetar ou interromper sistemas de fornecimento de energia.
"A intensidade das perturbações sofridas pela magnetosfera terrestre depende da direção e intensidade do campo magnético associado à nuvem do CME em relação à direção e intensidade do campo da magnetosfera da Terra. Quando possuem direções contrárias ocorrem as perturbações severas com efeitos mais intensos no clima espacial. Ainda não é possível medir com exatidão a direção do campo magnético da nuvem do CME antes de sua chegada ao ambiente terrestre, pois ainda não existe uma sonda ou satélite dedicado a especificamente a essa medição", diz Cecatto.
Fonte: Uol
Fonte: Uol